Formação de Assistentes
Posted by flaviosaudade em 05/02/2010
Ainda em estado de alerta, caminhamos no sentido de dar continuidade às nossas atividades. Claro, com tudo que aconteceu fomos obrigados a modificar um pouco toda estrutura, mas sempre com o mesmo objetivo em oferecer as melhores condições para que nossos alunos possam seguir em desenvolvimento.
Uma das atividades, que ansiávamos desde algum tempo, é a formação dos nossos asssitentes; jovens que nos auxiliam durante as aulas, nos quais depositamos nossas esperanças para futuros educadores.
Dentre o conteúdo da formação, que ainda não tem tempo definido, estão as aulas de lingua portuguesa, algo muito solicitados por todos eles. As aulas utilizarão elementos da própria capoeira para familizarizá-los com o nosso idioma. O que já vem acontecendo no dia-a-dia, durante as aulas de capoeira, nas rodas, principalmente. Não apenas os assistentes, mas a maior parte dos alunos já cantam uma música ou outra em português. A última, “Samba lê, lê”, juntou-se ao “O Sertão vai virar mar. O mar vai virar sertão” como a mais favorita das crianças. Ambas arracam sorrisos e põe fogo na roda. Depois de tanto cobrar mais animação, nessa hora é preciso controlá-la. [risos]
A primeira aula aconteceu ontem, entre carros que chegavam com mantimentos, crianças e mulheres com cestos de roupa para lavar. A Aília iniciou-os no fantástico universo da língua de Lobato. Palavras como berimbau, atabaque, pandeiro ganharam forma e contornos nos cadernos. Realmente um momento muito especial; o primeiro de muitos passos.
Dentre eles, iremos realizar reuniões para construir juntos o conteúdo da formação, de forma a atender a real necessidades de todos. E oficinas de diálogo, onde teremos a oportunidade de conhecer melhor a história um do outro. O método que iremos utilizar será o da Entrevista Apreciativa, onde cada um realiza uma entrevista com um par e, posteriormente, comenta em grupo os pontos que chamaram mais a sua atenção nada história. Desta forma, objetivamos fortalecer os laços de amizade, de fraternidade e de comunhão que naturalmente já são trançados* através da capoeira.
Fará parte da formação também, temas como cidadania, participatividade, direitos humanos.
( * ) Normalmente, utilizaria a palavra tecer. Porém, neste caso específico, desejei fazer menção à trança, prática bastante presente na cultura de povos de origem africana. A trança, além de passar um sentimento de unidade, para mim, caracteriza uma marca forte de identidade, e a unidade na diferença; ainda mais quando coloridas.
Silvana Carvalho said
Parabéns pelo trabalho flávio!
Existe um lema que combina com você: “O céu é o limite!”.
Sempre tive a impressão de que não haveria limites para você crescer e desenvolver belos projetos.
Parabéns por não desistir desse povo, desta nação!
Grande abraço.
Sil.
Monique Antes said
Mestre Saudade sou eu Monique novamente, espero que lembre estavamos com a revista epoca, tenho a ajuda que necessita, tenho uma instituição que quer começar a ajudar o Haiti mas atraves de outra ONG, pq assim é garantido a entrega do material necessario, estou embarcando dia 09 de março e preciso saber onde te encontrar em Porto Principe e se caso o exercito não nos der alojamento, se podemos nos encostar em algum lugar por ai, queria muito estar ai quando aconteceu e esta é a oportunidade maravilhosa de ajudar o Haiti mais um pouco, preciso da sua ajuda…. Suas palavras no meu documentario não forão em vão, “acredite, sonhe, porque quem não sonha esta morto e nós estamos todos vivos” lembra, é impossivel de esquecer, me ajude como puder, sei que fara o possivel. Obrigado